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Quebrando paradigmas para colher mais

Erramos muito no passado; jogamos gênios na fogueira, cristãos aos leões famintos. Condenamos sábios a beber veneno e o mais iluminado de todos a morrer na cruz.

Nossa história está repleta de equívocos e errar é inerente à condição humana. Hoje em dia, é claro que continuamos a errar.

No entanto, quando ousamos derrubar antigos paradigmas, a reação é, quase sempre, violenta e irracional. A resistência à mudança é um dos mistérios da nossa sociedade.

Mas, quando o desejo de acertar é mais forte que o apego aos velhos paradigmas, conseguimos chegar a um lugar melhor do que onde estávamos.

Há pouco mais de quatro décadas começamos a desenvolver uma agricultura adequada aos países de clima tropical: o Sistema de Plantio Direto na Palha, derivado do americano “No Till”. Além de aposentar o arado e a grade, o sistema propõe uma grande produção de biomassa (palha) para cobrir o solo. Deu certo por um bom tempo.

Logo, aumentamos as produtividades, e junto, a adubação química e os agrotóxicos. Esse excesso de substâncias agressivas começou a matar as comunidades microbianas e a vida do solo como um todo.

As questões passaram a ser:

Quem vai transformar toda essa palha em matéria orgânica? Como todo esse carbono será reincorporado ao solo?

Até quanto de substâncias agressivas conseguiremos tolerar em nossos solos, rios e em nossa alimentação?

Se o limite for a ganância, então podemos dizer que não há limite!

Foto por Alexandr Podvalny em Unsplash

Os Sistemas Bioativos de Produção propõem uma grande população de microrganismos para alimentar-se da biomassa vegetal produzida. Tão grande quanto era antes das agressões. Ou tão grande quanto precisa ser, no caso de solos originariamente muito pobres e que precisamos fazer produzir.

Para isso, devemos recriar as condições propícias ao desenvolvimento da vida no solo. Nesse sentido, podemos considerar a Bioativação como a fase dois do Plantio Direto. Porque a palha sem os microrganismos não vira matéria orgânica e nem fixa o Carbono no solo.

Atualmente, a grande maioria das informações sobre o agronegócio brasileiro, disponíveis para leitura em livros ou artigos, diz respeito a números e aborda o tema de forma isolada, superficial ou alienada.

Isso foi um dos fatos que me estimulou a começar esse projeto. Fiz questão de percorrer um caminho bem diferente, sair do lugar-comum. As constatações e considerações que aqui faço, são frutos da observação, do estudo, da prática, de conversas e de meditações.

Portanto, quero te oferecer uma postura crítica, independente e alicerçada em mais de trinta anos de experiências no agronegócio.

Ao ler nossos textos, tenho certeza de que você dará um salto qualitativo na percepção sobre o seu negócio, sobre o agronegócio e sobre os alimentos em geral.

Se hoje você faz parte, ou se interessa pelo agronegócio, recomendo fortemente que assine nossos boletins e receba informação independente e de alta qualidade.

Avancemos! Iremos te inspirar, rumo a um modelo mais lucrativo, sustentável e ético de produzir alimentos em terras tropicais!

Antonio N. S. Teixeira

Diretor Executivo – IBA

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